Bexiga
A bexiga é um órgão vital do corpo humano responsável pelo armazenamento da urina, que é produzida pelos rins como parte do sistema urinário. Este órgão oco exibe uma notável capacidade de distensão, graças à sua musculatura externa. Essa musculatura é composta principalmente por músculo liso, formando uma camada conhecida como detrusor, cujas fibras musculares se entrelaçam em várias direções para permitir a contração e expansão da bexiga.
Além disso, a bexiga apresenta uma túnica mucosa que reveste a face interna da sua base, contribuindo para o seu funcionamento adequado. Esta túnica mucosa desempenha um papel essencial na proteção da bexiga contra danos e na manutenção de um ambiente saudável para a urina armazenada. Ao longo do ciclo urinário, a bexiga se enche gradualmente à medida que a urina é produzida pelos rins e, quando atinge sua capacidade máxima de armazenamento, ocorre a micção para eliminar os resíduos do corpo.
Tumor de Bexiga
O tumor na bexiga, na maioria das vezes, se apresenta de forma maligna, ou seja, como câncer. Este tipo de câncer está estreitamente ligado ao hábito de fumar e pode afetar tanto homens quanto mulheres. Ao contrário do tumor renal, o câncer de bexiga costuma ser sintomático, manifestando-se principalmente através de sangramento na urina. Quando a bexiga é afetada por um tumor maligno, pode ser necessário remover parte dela ou, em casos mais graves, a bexiga inteira. Em situações em que a remoção completa da bexiga é necessária, existem opções de reconstrução, como a criação de uma nova bexiga a partir de segmentos do intestino ou a implantação de uma bolsa na pele para a drenagem contínua de urina.
Se o câncer de bexiga é detectado em estágios avançados, o tratamento geralmente inclui radioterapia e/ou quimioterapia para complementar a cirurgia. Esses procedimentos cirúrgicos podem ser realizados de maneira convencional, com incisões, ou através de técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia, que oferecem vantagens como melhores resultados estéticos e redução do sangramento.
Cálculo
Os cálculos nas vias urinárias, também conhecidos como cálculos urinários, são formações sólidas semelhantes a pedras que podem se desenvolver em qualquer parte do sistema urinário, podendo causar dor, sangramento, obstrução do fluxo de urina ou infecção.
Dependendo do local onde se formam, esses cálculos podem ser chamados de cálculos renais ou cálculos vesicais. O processo de formação desses cálculos é denominado urolitíase, também conhecido como litíase renal ou nefrolitíase.
Para ilustrar a incidência dessa condição, nos Estados Unidos, a cada ano, cerca de 1 em cada 1000 adultos é hospitalizado devido a cálculos nas vias urinárias. Esses cálculos podem se formar devido à saturação da urina com sais que têm potencial para formá-los, ou devido à falta de inibidores naturais desse processo. Aproximadamente 80% dos cálculos são compostos de cálcio, enquanto o restante é composto de várias substâncias, como ácido úrico, cistina e estruvita.
Os cálculos de estruvita, que são um tipo de fosfato duplo de amônio e magnésio, também são conhecidos como cálculos por infecção, pois se formam apenas quando a urina está infectada.
Os tamanhos dos cálculos podem variar significativamente, desde pequenos até grandes, com diâmetros de 2,5 cm ou mais. Por exemplo, existe o chamado cálculo coraliforme, que pode assumir a forma da pelve renal e de seus cálices, ocupando completamente essas estruturas.
Hiperplasia
Na Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), ocorre um crescimento da glândula prostática, principalmente na região adjacente à uretra, o que causa interferência no fluxo de urina proveniente da bexiga. Como consequência, a bexiga precisa realizar um esforço adicional para expelir a urina de seu interior.
Com o passar do tempo, esse esforço extra leva ao enfraquecimento do músculo da bexiga, o que dificulta a completa eliminação da urina, resultando em resíduos que aumentam o risco de infecções urinárias.





